Monsenhor Alberto Pequeno
A Rua Monsenhor Alberto Pequeno fica no Pacaembu, bairro conhecido pela visão democrática e aberta a respeito dos homenageados por suas ruas.
Não fosse assim, não haveria o encontro de um ex-prefeito de São Paulo, com um almirante da marinha brasileira e um ex-candidato a presidente dos Estados Unidos, em frente do postinho de gasolina do bairro.
Mas eles estão lá, da mesma forma que cidades do interior, com Angatuba puxando a fila.
Tem também gente como Cássio Martins Villaça, que numa praça ao lado da sua rua, cria galos caipiras, quem sabe para recordar um passado que não volta, onde as fazendas e os sítios eram a marca registrada dos moradores do estado.
Monsenhor Alberto Pequeno faz parte deste universo, cortando o bairro e separando o cemitério do Araçá das casas dos vivos.
É uma rua reta, que desce e sobe suavemente, acompanhando a topografia acidentada do pedaço, ligando a Cardoso de Almeida à Major Nathanael.
Rua de vida vegetal intensa, nela fica uma primavera que quando floresce vale mais de uma crônica.
E próximas da Cardoso de Almeida, encostadas num muro, algumas figueiras estendem suas ramadas, criando uma sombra imponente e facilitando a vida de quem anda por lá. Como contraponto, jacarandás protegem o muro do cemitério, coadjuvando os ipês maravilhosos que florescem dentro de seus muros.
Toda vez que passo por ela, gosto. Vejo algo belo, ou tenho paz.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h