74 anos do Iate Clube de Santos

O Iate Clube de Santos está completando 74 anos de idade. É tempo! E ao longo das décadas o clube mudou de cara, ganhou musculatura, atualmente tem outras sedes, em complemento à sede original, perto da balsa do Guarujá.

Isso mesmo, o Iate Clube de Santos fica no Guarujá. Foi fundado lá e permanece no mesmo terreno originalmente ocupado por uma única bacia, com os veleiros de um lado e os barcos a motor do outro, um único hangar, que dava diretamente na rampa para içar os barcos, e uma sede simpática, em grande parte de madeira, construída com as caixas que trouxeram os equipamentos para a fábrica da DKW no Brasil.

Quem olha o clube de hoje não imagina que, no lugar dos imponentes iates, lanchas e veleiros, o clube foi abrigo para embarcações de outro tempo, com cascos de madeira, tanto as lanchas como os veleiros.

Os mais velhos ainda se lembrarão de nomes como Brisa, Sirocco, Kaola, Bona, Santa Mônica, Santa Maria, Colibri, Sueste, Albardon, Adriana e outros, que no seu tempo foram o máximo, ou quase.

Navegar pela costa paulista era outra coisa. Pescávamos cações na ilha da Moela, enchovas de corrico nas costeiras entre a barra de Santos e os Astúrias e robalos na Ilha das Palmas. Ilhabela era quase deserta e “As Ilhas”, Alcatrazes, Montão de Trigo e Queimada Grande, valiam a viagem.

Desde menino frequentei o clube. Meu pai era sócio antigo e foi presidente do conselho algumas vezes. E meu tio Marco Antonio, o Caco, foi o comodoro durante muito tempo.

Atualmente, frequento a sede de São Paulo, o casarão de D. Veridiana Prado, ex sede do São Paulo Clube, assumida pelo Iate, sob inspiração do comodoro Berardino Faganiello e de Raul Pereira Barreto, para preservar a história da cidade. Parabéns, Iate Clube de Santos! Que venham outros 74!

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