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O Glamour que acabou

A triste história da degradação do centro de São Paulo

Andando pelas ruas e avenidas do centro de São Paulo, nos deparamos com construções que são verdadeiras obras de arte e que nos remete a um passado distante, quando a região era sinônimo de glamour, riqueza e progresso. Bairros nasceram por ali desta forma, um dos maiores exemplos é Campos Elíseos, o escolhido pela elite cafeeira que construiu seus casarões e palacetes, no século XIX. Anos depois, ele deu lugar à cracolândia e grande parte do centro caiu em degradação. Mas porque isto aconteceu?

Um passeio pelo centro de São Paulo com certeza te levará a imaginar como era esta região, em um tempo em que ela abrigava o maior centro financeiro do país e a elite paulistana. Em cada rua, em cada avenida, há muitas histórias para contar de suas imponentes construções, a exemplo do Theatro Municipal, edifício Martinelli, Tribunal de Justiça, dos edifícios Itália e Matarazzo, e da estação Júlio Prestes. Mas também você verá o que é a decadência.

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São várias as construções pichadas, como a do Theatro Municipal, mendigos por todas as partes, lixo pelas ruas e prédios abandonados. E esta história começou a partir do início dos anos de 1970, quando a Lei de Zoneamento desenhou uma cidade desconsiderando o centro ao tornar outros bairros mais atraentes. E foi assim que não apenas a elite paulistana mudou de endereço, como também os bancos e outros empreendimentos comerciais.

Outro marco de degradação do centro foi, sem dúvida, a construção do Elevado Costa e Silva, inaugurado em 1971. Em 2016 ele teve seu nome alterado para Elevado Presidente João Goulart, mas, desde o início, ele é popularmente conhecido como Minhocão. Conectando o bairro de Perdizes ao centro, ele reforçou a ideia de uma região de passagem. Hoje, uma região sinônimo de degradação e insegurança.

Qual seria a solução para o centro? Compartilhe:

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.