Sete de setembro
O dia 7 de setembro é o dia da nacionalidade brasileira. É a data em que o Príncipe Regente, D. Pedro de Alcântara, proclama a independência do Brasil, tornando-se, em consequência, seu primeiro imperador.
D. Pedro I não chegou aí simplesmente porque sacou da espada e gritou “Independência ou Morte”. Foi um longo processo, iniciado por seu pai, D. João VI, anos antes, que, entre outros atos, colocou José Bonifácio de Andrada e Silva, o mais competente funcionário da Coroa Portuguesa, como assessor do filho.
D. Pedro e José Bonifácio criaram o Brasil. Até então, o enorme território era uma colônia portuguesa, com dois governos independentes entre si, um no Rio de Janeiro e outro em Belém do Pará.
Seus habitantes não eram cidadãos brasileiros, mas portugueses residentes no Brasil. Não havia um sentimento suficientemente forte para unir de forma indissolúvel a pequena população espalhada pela colônia.
Isto foi construído, pedra a pedra, graças à tenacidade, competência e preparo dos dois homens encarregados da missão. E eles a levaram a cabo com sucesso. Em pouco tempo, não havia resistência ao Imperador. O enorme território se sedimentou em torno da Coroa do Império e a separação de Portugal foi internacionalmente reconhecida.
Daí pra frente, graças ao trabalho e às lutas do povo, o Brasil se consolidou como nação, o território se solidificou, o país enriqueceu e se tornou o maior e mais poderoso da América do Sul.
É isto que não pode ser esquecido. É isto que, ao longo da história, sempre foi preservado. O Brasil é uma grande nação, muito maior que os sonhos dos candidatos a déspota ou outros aventureiros. Há 199 anos é um país com vocação democrática e a história recente resgatou essa tradição. Isto tem que ser honrado e mantido a qualquer preço.
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