Mais uma crise que chegou para nós
A conta de luz está mais cara, uma nova bandeira foi anunciada e cidades do país já adotaram o rodízio de água
O Brasil enfrenta a maior crise hídrica e energética dos últimos 91 anos, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). Cinco estados brasileiros, incluindo o de São Paulo, já enfrentam essa realidade. Para os especialistas, o fenômeno La Niña, o desmatamento da Amazônia e o aquecimento global pela queima de combustíveis fósseis, são os principais fatores pela secura. Mas também envolve outros fatores, como a má gestão dos recursos hídricos, infraestrutura ineficaz de abastecimento e falta de educação para um consumo racional.
No bolso, a crise hídrica já está pesando e vai pesar ainda mais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Anaael) criou recentemente uma nova bandeira para a conta de luz, chamada de bandeira de escassez hídrica. A cada 100 kWh consumidos, a taxa adicional será de R$ 14,20, um aumento de 49,6% em relação à atual bandeira (R$ 9,49 a cada 100 kWh).
A título de comparação, no fim de junho, a bandeira vermelha patamar 2 já havia aumentado 52%. Por outro lado, a cada 100 kWh reduzidos na conta, o consumidor terá R$ 50 de desconto, no entanto, só terá direito a essa bonificação quem economizar entre 10% e 20% do que consumiu.
E devido à escassez de chuvas, algumas regiões do país já adotaram o sistema de rodízio de água. No Estado de São Paulo, são 16 cidades e aproximadamente 1,3 milhão de pessoas impactadas. Na semana passada, a Sabesp informou que não há risco de desabastecimento neste momento na cidade de São Paulo, mas reforçou a necessidade do uso consciente da água.
Diariamente, o Sistema Cantareira abastece cerca de 7,5 milhões de pessoas, ou 46% da população da Região Metropolitana de São Paulo, além dos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, e parte de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André. O Sistema Cantareira entra em alerta quando o índice armazenado ficar abaixo de 40%, o que já aconteceu neste ano.
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