Um novo status para a cidade de Itu
O pleito é para o reconhecimento de seu centro histórico como patrimônio cultural mundial pela Unesco
Conhecida pela fama de Cidade dos Exageros e uma das mais tradicionais do interior de São Paulo, agora, Itu quer o reconhecimento de seu centro histórico como patrimônio cultural mundial pela Unesco e mérito para isso não falta.
Com cerca de 240 construções que datam dos séculos 18 e 19, o seu centro histórico já foi tombado pelo Condephaat de São Paulo, em 1989. E o Iphan tombou outros imóveis, entre eles a Igreja de Nossa Senhora da Candelária, o marco da fundação da cidade, em 1610.
Para o reconhecimento, pesquisas mostraram que parte do urbanismo preservado foi concebida aos moldes da matriz das Ordenações Filipinas dos séculos 16 e 17. Em virtude do domínio espanhol sobre Portugal, iniciado à época do Rei Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal), as Ordenações Filipinas estiveram em vigor no Brasil durante muitos anos.
O desenho urbanístico do centro histórico de Itu tem traçado característico da matriz filipina. O estudo já foi apresentado ao cônsul da Espanha em São Paulo, Miguel Gomes de Aranda y Villén, a expectativa é que a Espanha dê o suporte para esta finalidade.
Dede 1977, o Brasil faz parte da convenção para a proteção do patrimônio mundial cultural e natural, que foi criada em 1972, e hoje tem 22 bens considerados como tal. Também em São Paulo, além de Itu, a cidade de Iguape já iniciou processo para uma possível candidatura e a próxima a entrar na lista deve ser a Vila da Paranapiacaba, em Santo André.
A título de curiosidade, a fama de Cidade dos Exageros é mérito do humorista Francisco Flaviano de Almeida, popularmente conhecido como Simplício. Ele interpretava o caipira Osório no programa de TV, Praça da Alegria. Natural de Itu, ele contava as vantagens sobre sua terra natal de forma bem exagerada, o que impulsionou a ida de turistas para a cidade.
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