Ficando complicado
São Paulo está ficando complicada, ou melhor, perigosa. O número de assaltos tem crescido significativamente, assustando a população e deixando os índices bem ruins.
Tem quem diga que na base da onda está o Pix, a nova forma de pagamento que virou moda na cidade e no país e que facilita a vida de todo mundo, além de não ter custo e poder ser feito a qualquer hora.
Mas não é só o Pix que está levando os ladrões a roubarem e furtarem. Amigos que moram no Brooklin contam que os assaltos no bairro se multiplicaram nos últimos meses e no meu bairro, que andava calmo, tive a polícia na porta de casa, numa noite recente, fazendo uma verificação por causa de um aviso de assalto numa residência vizinha.
Pode mais quem chora menos. E, neste momento, quem não está chorando são os assaltantes. No campo dos celulares, estão nadando de braçada. São milhares de aparelhos roubados em poucos meses.
E os assaltos vão de ataques com pedras aos vidros dos carros, bolsas roubadas na marra, com agressão e arma apontada, na rua, na porta de casa, em todos os lugares.
É complicado para a população e é complicado para a polícia, porque esse tipo de crime acontece rapidamente, especialmente, mas não só, nas ruas mais movimentadas. E quando o bandido entra no bairro é muito difícil a polícia estar no lugar certo, na hora certa.
É evidente que as autoridades precisam tomar medidas para reduzir o número de ocorrências. Eu não sou do ramo, mas no passado já aconteceram situações como essas e as ações adotadas funcionaram.
O que não dá é a população, que já sofre com desemprego, crise, miséria, inflação e pandemia, ainda por cima, ser atacada por bandidos de todos os tipos e capazes de todas as violências.
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