Uma guerra sem sentido
Mas não para Vladimir Putin, que governa a Rússia desde 1999 no sistema autocrata. Para muitos, ele é visto como um ditador
Depois de todo o sofrimento que o mundo vivenciou com as guerras que dizimaram milhares de vítimas no século passado, incluindo as duas grandes guerras mundiais, e neste século nos mais recentes conflitos, como na guerra do Iraque, em 2003, na guerra Russo-Georgiana (2008) e na invasão na Crimeia (2014), o que estamos assistindo hoje é o filme se repetir. As cenas dos bombardeios russos na Ucrânia são chocantes, inacreditáveis de serem vistas e não poupam os civis.
Em pleno século XXI, a lição de casa já deveria ter sido feita com o aprendizado de que as guerras só levam a mais desgraça e pobreza. Não importa a justifica, elas são injustificáveis, e o diálogo que deveria prevalecer está distante dos extremistas que governam países e não medem as consequências de seus atos.
Enquanto os países gastam uma fortuna com armamentos – somente em 2019 foi mais de US$ 1,9 trilhão, o mais alto desde 1988, pelo relatório anual do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri) – pelas contas da ONU, em 2020, 881 milhões de pessoas passavam fome no mundo, 161 milhões mais do que em 2019, e que deve ter aumentado no ano passado.
Ainda vivemos em tempos pandêmico, foram mais de 5,4 milhões de vítimas fatais pela covid até o final de 2021, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), fora as outros milhares que perderam suas rendas, empregos e buscam sobreviver. Por tudo isso, falar em guerra nos dias atuais é inadmissível.
O Brasil tem hoje a 4ª maior comunidade ucraniana do mundo e a maior da América Latina. Uma população de cerca de 600 mil pessoas que vive principalmente no Paraná e com forte presença em São Paulo, mais especificamente no ABC paulista. A todos eles, a nossa solidariedade.
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