Dia da mulher
Dia 8 de março é o dia da mulher. Será? Todo dia é o dia da mulher, como toda tarde e toda noite é a tarde e a noite da mulher. A mulher é, absoluta, 24 horas por dia, 365 dias por ano, mais o dia extra dos anos bissextos.
A crônica poderia acabar aqui, com “a mulher é!” e ponto final. Mas a mulher vai além do ponto final, a mulher foi antes e será depois, eternamente, a criação mais bela de todas que Deus fez ao criar o universo.
Nenhuma forma é mais bela que a forma da mulher. Nenhuma linha na natureza tem as curvas do corpo da mulher e seus montes e vales, ainda que tendo origem nas suas formas, são mais belos que todos os montes e vales da mãe terra, a mulher primeva, a mãe da vida, do sonho e de todas as possibilidades.
Dizia meu avô que, enquanto o homem mais inteligente vai uma vez, a mulher menos inteligente já foi e voltou pelo menos mais meia dúzia.
O homem que não acreditar nisso está condenado a se dar mal. Não vai perceber a beleza do mundo, nem a importância da harmonia cósmica gerada pela presença da mulher, pela beleza interior da mulher, pela beleza interior de todas as mulheres. E pela beleza exterior que não tem idade, nem raça, mas é universal e atravessa tempo e moda porque suas formas são as formas da terra em sua essência mais pura, mais absoluta, formada no instante em que o planeta se consolidou redondo e começou a girar em torno do sol.
Dia 8 de março não é o dia da mulher, é apenas uma convenção. O dia da mulher são todos os dias. É o amanhecer, o nascer do sol, a canícula do meio-dia e o fim de tarde e os sinos tocando a Ave Maria e a noite misteriosa, com suas estrelas prometendo paraísos. A mulher é a mão estendida em gesto de carinho e compreensão. É o sono e o sonho.
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