Chuva é bom e faz bem
Tem gente que pode achar diferente e eu respeito. Cada um acha o que quiser e os demais, concordando ou não, devem respeitar. Aliás, uma das maiores entregas da democracia é justamente a liberdade de pensamento. Cada um é livre para pensar e falar o que quiser, nos limites da lei.
A democracia não pode aceitar ideias que atentem contra sua existência, que ameacem seu funcionamento, que coloquem em risco seu futuro. E este é o limite da lei. Tirando os ataques contra a democracia, todos são livres para pensar e falar o que lhes passar na cabeça, por mais fora da curva que seja.
Voltando ao começo, podem gostar ou não, o fato indiscutível é que chuva é bom e faz bem, principalmente depois de cinquenta dias sem cair uma gota.
A água cai e limpa a poluição, limpa a terra coberta de pó, revive as plantas, reorganiza a natureza. Chuva é bom e faz bem.
Faz bem para a saúde, descongestiona a garganta, abre o peito, enche os pulmões com ar limpo, faz o ato de respirar ser de novo gostoso, sem arranhar a garganta, sem puxar tosse seca, sem fazer espirrar.
Chuva é bom. Mas chuva não é tempestade. Não pode confundir os dois fenômenos. Chuva é chuva, tempestade é tempestade.
Tempestade destrói, quebra, maltrata, fere e mata. Chuva, ao contrário, gera vida, rega o campo, limpa o ar, leva embora o desconforto da secura extrema.
Chuva é benção, tempestade raramente o é. Além de tudo, há pouco cheiro mais amigo que o cheiro de terra molhada. Poucos cheiros lembram tanto o começo do mundo e o despertar da vida. Sem água não há vida, não há sonho, nem bem-estar. Água é tudo e a chuva que cai depois de uma longa estiagem cria o milagre do rejuvenescimento da natureza.
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