Turismo “Day Use”
Tem quem vai passar o fim de semana, quem curte as férias ou uma temporada à beira mar. Nada como ir ao Guarujá e ficar lá, estendido na areia, tomando sol com bastante protetor solar porque sem é loucura.
Durante as férias lota, fica quase impossível andar na praia, mas, tudo bem, tem quem goste, por isso fica cheio. Mas fica mais cheio nos finais de semana e aí tem uma explicação que vai além da viagem dos que trabalham para encontrar as famílias.
Guarujá se tornou vítima do turismo “day use”. Você vai de manhã e volta no começo da noite. É perto, as estradas são boas, com alguma sorte se faz o percurso em pouco mais de duas horas e, acima de tudo, é barato. Muito barato, ainda mais se no carro forem cinco pessoas para dividir a conta. Sai bem pouco para cada um. Menos do que ficar em São Paulo e sair para jantar fora, numa churrascaria ou numa pizzaria.
Fazendo uma conta por baixo, ida e volta não gasta vinte litros de combustível. Com jeito, estacionar o carro perto da praia também é barato, se não ficar de graça porque, saindo cedo, consegue lugar na rua.
E na praia é fácil negociar um guarda sol com um dos vários carrinhos de bebidas, que têm hoje no aluguel de guarda sóis uma das principais fontes de renda. Se, em cima dele, ainda der para empurrar um camarãozinho e uma caipirinha, melhor ainda, porque cerveja, nem pensar, essa vem de São Paulo num cooler com bastante gelo.
Entre secos e molhados, o programa dividido por cinco pessoas não custa trinta reais para cada uma. E a recompensa é um dia de praia, numa praia bonita a duas horas de casa.
Com um pouco de boa vontade, dá até para levar a caixa de som e colocar um funk arretado ou um sertanejo bem alto pra alegrar o coração e todo mundo ficar de boa, porque bom nessa vida é saber viver bem.
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