Três instituições comuns
A história da humanidade é feita de uma longa cadeia de fatos que se entrelaçam, criando momentos de toda as naturezas, responsáveis pela caminhada do ser humano sobre o planeta, desde seu primeiro momento perdido nas brumas das eras até o segundo presente, que se repete incessantemente e, cada vez que pensamos nele, já é passado.
Nessa longa caminhada, empreendida por povos de diferentes regiões, com diferentes vivências, três instituições se repetem constantes, tanto faz o povo, a época ou a civilização. No ocidente ou no oriente, no passado distante ou no dia de ontem, elas estão presentes, pesadas, densas, causando danos e dor, como para mostrar que nem sempre o ser humano é bom e que com certeza é diferente do Criador, de quem ele se imagina imagem e semelhança.
A guerra, a escravidão e a prostituição são instituições permanentes na vida dos povos e na maior parte da história estiveram presentes e moldaram as sociedades para o bem e para o mal.
Basta ler a Bíblia para, desde o seu início, encontrar as três instituições lado a lado, na formação do maior de todos os livros. Abraão, a pedido de Sara, sua esposa que não pode ter filhos, engravida a escrava para garantir sua posteridade. Josué, na guerra da conquista da Terra Santa, sitia e toma Jericó. E as prostitutas são invariavelmente parte da história, enfeitadas e irresistíveis, com papéis muitas vezes fundamentais para a consecução dos fatos.
E no oriente não é diferente. Basta olhar os maravilhosos templos indianos, erguidos por grandes guerreiros, construídos por escravos e enfeitados com relevos eróticos.
Tanto faz o povo ou o momento, guerra, escravidão e prostituição estão entranhadas no ser humano desde o início dos tempos.
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