Do jeito que vai, não vai
Muita gente votou em Lula imaginando que no seu terceiro mandato, depois de passar tudo que passou, inclusive mais de um ano preso por se envolver no maior processo de corrupção da história do Brasil, ele aproveitaria a chance para entrar para a história como um grande presidente.
É pena que até agora isso não aconteceu e, no ritmo que vai, a cada dia que passa, parece que o sonho fica mais distante. Em vez do Lula eleito para pacificar a nação, temos um governo calcado na dor de estômago, na bílis e na necessidade de vingança.
Sua tentativa de reescrever a história recente é patética, da mesma forma que é patético colocar Dilma Roussef à frente do banco dos BRICS. Com certeza ela entende mais de estocar vento do que do mercado financeiro internacional.
Dizer que é apavorante ele não perceber que se passaram vinte anos e que o mundo mudou desde que saiu da presidência é chover no molhado. Todo mundo já disse, de todas as formas e em todos os canais.
O que me deixa triste e realmente preocupado é que, do jeito que vai, tem tudo para não acabar bem e aí quem vai pagar a conta é o povo brasileiro, espremido entre ele e o tenente Bolsonaro, recém-chegado dos Estados Unidos, acusado de tentar surrupiar alguns mimos que deveriam ser da Presidência da República.
Não adianta culpar o Banco Central, o Brasil não vai crescer porque não tem o básico para isso. E o pouco que tem, ainda por cima, está ameaçado pelas ações populistas do presidente, seu partido e seu entorno.
Não é enfiando o pé na jaca que as árvores vão dar dinheiro. E como dinheiro não nasce em árvore, é melhor começar a fazer alguma coisa, em vez de só continuar falando.
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