Assaltos e mais assaltos

Tanto faz a mídia, todas são unânimes em mostrar o aumento descontrolado de todos os tipos de assaltos. De furtos simples a roubos com extrema violência, o assunto está no ar ao longo das 24 horas do dia.

De acordo com estatísticas oficiais, acontecem três roubos por dia na região da Avenida Paulista. O número real deve ser maior porque as estatísticas oficiais se baseiam nas queixas apresentadas e parte importante das vítimas não perde tempo fazendo B.O. porque sabe que dificilmente vai dar em alguma coisa, fora a aporrinhação com os trâmites burocráticos.

A democracia do crime pode ser vista no terceiro assalto do Cardeal do Rio de Janeiro ou no celular roubado de um ex-Presidente do Tribunal de Justiça, saindo de um concerto no centro da cidade.

Os ladrões não têm o menor medo da polícia. Entram de sola, fazem a festa e invariavelmente se dão bem, porque na maioria das vezes não são presos.

Um primo, não faz muito tempo, teve que entrar numa farmácia no Itaim Bibi porque percebeu que um ladrão estava de olho no seu relógio. Ficou dentro dela por um bom tempo, andando de um lado para o outro, enquanto o ladrão meio que o seguia dentro da farmácia. Só quando o bandido viu que corria o risco de acabar preso, ele resolveu sair e foi embora calmamente, caminhando pela rua.

Mas não são apenas os assaltos nas ruas que apavoram os paulistanos. Cada vez mais casas são assaltadas em todos os bairros e em todas as regiões da cidade.

Os ladrões são criativos. Esperam os moradores na porta ou pulam os muros. Tanto faz, invariavelmente o resultado é o mesmo. Eles vão embora com o resultado do saque. Deus tenha pena da alma porque o corpo já foi.

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