El Niño vem aí
O fenômeno El Niño vem aí e, pelo que dizem os especialistas, desta vez chega com força, disposto a desbancar a irmã entre os fenômenos naturais capazes de marcar seu momento como um coice no peito do ser humano.
Porque é disso que se trata, do ser humano. Para o planeta, o El Niño acontecer ou não é só um detalhe, que não muda a ordem natural das coisas, nem ameaça a marcha da terra em volta do sol.
É um movimento lógico, dentro da lógica ainda pouco compreendida que faz a terra existir e a vida ser, dentro da terra, limitada ao seu momento.
Os dinossauros reinaram por trezentos milhões de anos e desapareceram. Era para ser assim e o seu desaparecimento foi uma mudança nos paradigmas da vida, mas não na existência do planeta.
Para o planeta, ter ou não ter dinossauros é tão importante quanto ter ou não ter baratas ou borrachudos nos rios de Ilhabela.
É assim e ponto. Nós não temos muita importância na existência do universo. Nossa passagem será marcada por tudo de bom e ruim que fizermos e será esquecida. Quem vier depois sentirá nossa falta como nós sentimos falta dos tiranossauros.
O fato concreto e indiscutível é que o El Niño está chegando com força e isso terá consequências para o ser humano ao redor do planeta e o brasileiro será afetado pelas distorções que o fenômeno causa no clima. Suas características devem aumentar os impactos negativos para a população. Quer dizer, quem vai pagar a conta somos nós.
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