É preciso acabar com essa onda

Alguns anos atrás, escrevi uma crônica desancando um bando de idiotas que se diziam neonazistas e atacavam judeus em São Paulo.

Não tinha o menor cabimento e o mais grave é que, muito provavelmente, os idiotas não tinham noção do que foi o nazismo, mas achavam bonito andar vestidos com couros e correntes e fazer cara de mau, especialmente quando estavam dentro do bando.

O nazismo foi uma manifestação brutal de ódio do ser humano contra o ser humano, na qual, ao final, mais de seis milhões de judeus foram mortos de formas brutais, em campos de concentração erguidos por uma das nações mais civilizadas do mundo, a Alemanha. Nada muito diferente do que aconteceu na União Soviética, quando Stalin matou mais de 23 milhões de camponeses de fome, ou na China, de Mao, ou no Camboja, de Pol Pot.

Agora o antissemitismo reaparece, catapultado pela estupidez que assola o Oriente Médio, depois do ataque terrorista do Hamas contra Israel.

O antissemitismo nunca acabou. Só estava adormecido, coberto de vergonha depois que o mundo descobriu as barbaridades nazistas. Mas essa história é muito mais antiga. Para não voltar muito no tempo, lembro a Inquisição, os Pogroms, na Europa Central, e o Processo Dreyfus, na França. Depois da Segunda Guerra Mundial, pensaram que tinha acabado, mas não era verdade, estava apenas adormecido.

Agora ele volta à tona em ações bárbaras, em países ditos civilizados. O que precisa ficar claro é que Israel tem o direito de existir e os judeus, o direito de viver em paz, como todos os seres humanos. Não há diferença entre o sangue de um judeu, de um cristão ou de um muçulmano. Todos são vermelhos e circulam bombeados pelo coração.

Não aceite o antissemitismo ou qualquer forma de preconceito. Coloque-se veementemente contra. Elas diminuem o ser humano.

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