Calor x Frio
Não se pode dizer que o inverno do ano passado tenha sido o inverno mais frio da nossa história. Pode até ter feito dias gelados, mas não foi uma estação cruelmente fria.
Já não se pode dizer a mesma coisa do verão no hemisfério norte. Lá o clima pegou pesado e algumas temperaturas chegaram a patamares africanos, na casa dos 50 graus célsius, absolutamente inéditos na história recente do planeta.
Dados recentemente publicados dão conta de que 2023 foi o ano mais quente da história moderna, com a temperatura quase um grau e meio acima da média do último ano antes de Revolução Industrial, ponto de referência para as ações para conter as mudanças climáticas.
É calor para ninguém colocar defeito e pegou os cientistas meio que de surpresa. Eles não esperavam esse avanço no espaço de tempo em que ele se deu.
O dado complicado é que as previsões para 2024 são de que a temperatura deve aumentar mais ainda e isto é muito ruim para toda a humanidade, mais uma série de espécies de animais e vegetais que estão sendo afetados pelas mudanças de temperatura.
A soma dos efeitos do aquecimento global com o El Niño terá o condão de elevar ainda mais a temperatura e as previsões mais otimistas dão conta de que o fenômeno, que aquece as águas do Oceano Pacífico, só deve começar a ceder na metade do ano.
Por conta disso, o hemisfério sul entrou na dança e o Brasil vai vendo as temperaturas do verão atingirem níveis inéditos, acima dos 40 graus, com sensação térmica próxima dos 50 graus célsius.
Na contramão, o inverno americano chega a 50 graus negativos, elevando a velocidade do samba para uma velocidade alucinante.
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