Entre Franciscos
Bom é sair de casa e ter uma noite especial, porque a companhia é especial, porque o programa é especial, porque a vida é especial. E e ela pode ser boa e bonita, como contraponto para o feio que entristece o mundo.
Meu amigo Gabriel Chalita é uma pessoa de múltiplos talentos. Professor, filósofo, escritor, autor de teatro, amigo dos amigos, leal, boa companhia e Presidente Emérito da Academia Paulista de Letras, Gabriel Chalita, faz poucos dias, me deu um presente delicioso. Me convidou para assistir sua nova peça que estreou em São Paulo no dia 10 de maio.
“Entre Franciscos – O Santo e o Papa” é o diálogo imaginário entre o Papa Francisco e São Francisco de Assis, numa lavanderia para moradores de rua, construída por ordem do Papa.
Não vou entrar em detalhes sobre o delicado diálogo entre os dois personagens tão importantes para a Igreja, que na peça extrapolam a dimensão religiosa para discutir a dimensão humana e sua perplexidade diante da vida como ela é.
É feio contar a peça. Só posso dizer que Paulo Gorgulho dá um show como o Papa Francisco e Cesar Mello cria um São Francisco de Assis que tem tudo a ver com os dias de hoje, na hipotética perspectiva do Santo.
Com a direção de Fernando Philbert dando a dimensão correta para o ritmo do espetáculo, a peça transcorre com o encantamento necessário para, no final, não se perceber que o tempo passou e a peça acabou.
Com o texto de “Entre Franciscos – O Santo e o Papa”, Gabriel Chalita habilmente coloca em cena o mais bonito do ser humano. Como para interpretá-lo estão dois grandes atores e a direção tem a competência de sutilmente tirar o melhor de cada um deles, assistir à peça vale o programa. Para quem quiser, “Entre Franciscos” fica em cartaz até o final de junho, no Teatro Sérgio Cardoso.
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