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O metrô faz 50 anos

São Paulo está em festa! Ou deveria estar… O metrô está completando 50 anos. O metrô mais antigo do mundo é o de Londres, foi inaugurado em 1863. Perto dele, o metrô de São Paulo é um nenê de colo. Mas não é só porque ele é 110 anos mais moço, é também porque, perto dos 400 quilômetros de trilhos, os nossos pouco mais de 100 mostram a diferença de visão entre os dois serviços de transporte público.

Mesmo numa comparação com um metrô mais ou menos da mesma idade, como é o da cidade do México, o metrô paulistano perde por quase 100 quilômetros, o que também não nos deixa bem na foto.

Mas não cabe aqui discutir a política de mobilidade urbana brasileira, nem a paulista. Nós temos é que comemorar os 50 anos do nosso metrô, porque, se ele não é dos mais extensos do mundo, com certeza é dos mais respeitados pelos usuários e isso não é de graça. É porque nosso metrô realmente faz a diferença, especialmente se comparado com os outros modais de transporte de passageiros.

O metrô de São Paulo é usado por milhões de pessoas todos os dias e, se fosse mais extenso, seria utilizado por mais gente ainda, o que seria ótimo para a cidade pela redução dos congestionamentos de trânsito e emissão de poluentes. 

Entre secos e molhados, a população respeita o metrô e por isso ele é limpo, tem pouca ou nenhuma pixação e, ainda que com linhas lotadas, ele acolhe os passageiros de uma forma mais humanizada do que os ônibus, a solução mais utilizada para o transporte coletivo e que deixa a desejar em boa parte das linhas da cidade.

Atualmente, o metrô tem linhas operadas pelo Estado e pela iniciativa privada. A viagem pelas duas não deixa dúvidas: a solução para o metrô se expandir e as viagens serem mais confortáveis passa pela privatização. 

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.