Banda sinfônica do exército
É tradição nas forças armadas de todos os países as bandas e a música, inclusive durante os combates. As gaitas de fole escocesas estão aí, até hoje, acompanhando as tropas de kilt, impassíveis em sua marcha para a luta. E os tambores marcam o passo da tropa, enquanto cornetas e clarins passam ordens e apavoram o inimigo.
Os jagunços de Canudos não tinham medo de nada, exceto do toque de degola das tropas gaúchas. E o tam-tam dos tambores atrás da colina, se aproximando das muralhas da cidade, apavorava os habitantes, que corriam para a igreja e se trancavam dentro delas, para serem muitas vezes queimados vivos na orgia dos conquistadores.
Mas a música tem também outra razão de ser: de treinar a ordem unida indispensável para a tropa seguir as ordens. Ou para alegrar festas e comemorações, com as bandas e fanfarras desfilando pelas ruas ou se apresentando em grandes espaços, onde suas evoluções encantam o público e atraem as pessoas.
Quem já viu pode confirmar a maravilha que é a Banda dos Fuzileiros Navais evoluindo em sua farda de gala num campo de futebol ou a emoção de ver uma banda militar tocando o Hino Nacional.
O Exército tem suas bandas militares, mas tem também uma banda diferente, a Banda Sinfônica do Exército, que toca música clássica em salas tão especiais quanto a Sala São Paulo.
A Banda Sinfônica do Exército é um espetáculo à parte dentro da função das bandas militares. Ela não acompanha a tropa, não incentiva o ardor dos soldados, não baliza a ordem unida nos quartéis.
A Banda Sinfônica do Exército se apresenta em nome da paz e da harmonia, do encantamento, da beleza e da arte. Se você quiser, pode vê-la no dia 5 de dezembro, às 19 horas, na Catedral Ortodoxa de São Paulo.
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