Natal

O Natal é a soma de várias histórias, de diferentes povos, em diferentes momentos. O final é o que conhecemos aqui e que os outros conhecem em outras partes do mundo, cada um carregando sua memória ancestral e suas lembranças pessoais na composição de um quadro único e exclusivo, que ninguém divide com ninguém, porque se as histórias têm a mesma origem, cada uma é cada uma, sua e indivisível.

A árvore de Natal para você lembra uma coisa, eu lembro outra. Conheço o Natal daqui e de lá, onde faz frio e a neve cai, enquanto dentro das casas as pessoas reagem cada uma da sua maneira, umas mais, outras menos. Uma vivendo o significado religioso. Outras vivendo a realidade social. E um terceiro grupo que não tem nada com isso, porque não acredita, aproveitando a festa para curtir a vida.

Por que sua árvore de Natal é um pinheiro, se os pinheiros não são daqui? Me lembro eu jovem, indo ao pinheiral da fazenda vizinha, cortar um pinheiro pequeno para trazer para São Paulo e servir de árvore de Natal na casa dos meus país.

Com base nas comemorações, o Natal se divide em dois momentos, a ceia do dia 24 e o dia 25, este, sim, verdadeiramente a data do nascimento do Cristo, não porque se tenha certeza, mas porque se decidiu que é assim.

Os ritos dão consistência à sociedade. Eles são parte da vida e indispensáveis para reforçar os laços e a fé que movem os povos, como é o caso do Natal. Até quem não é cristão é influenciado pela comemoração do nascimento do Filho de Deus.

O Filho de Deus transcende o humano. A vida do Cristo traz nela uma série de princípios que elevam o ser humano e dão dignidade à vida. Seu nascimento é a promessa que antecede sua palavra e a possibilidade da realização de suas promessas no dia a dia da vida. Por isso, feliz Natal!

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