Inovação
A palavra do momento é inovação. A inovação abre as portas para novas experiências, às vezes tão revolucionárias que mudam o mundo, sacodem as estruturas e criam outra realidade, completamente diferente de tudo o que aconteceu antes.
Foi assim quando aprendemos a dominar o fogo. Com o fogo, mudou o conforto, a comida, o desenvolvimento das ferramentas, as armas. Mudou o jeito de fazer as roupas. O mundo mudou de cara.
Depois foi a roda. A roda mudou as distâncias, a dificuldade de transportar coisas, a dimensão da terra. E seu uso em carros puxados por animais redirecionou a força humana, abriu novos cenários, complementados pelo ferro, domado e usado para melhorar a vida, arar os campos, expandir fronteiras.
E veio o barco e o veleiro, as trirremes gregas, os navios fenícios, as galeras romanas. E os vikings com seu dracar abriram o Atlântico Norte e mudaram as rotas de comércio, para, na sequência, os portugueses e suas caravelas tirarem meio planeta das névoas dos oceanos.
Com a pólvora, as guerras mudaram de jeito, as mortes se multiplicaram nas rajadas de metralhadora, nos tiros de canhão, nos bombardeios aéreos que arrasam cidades, pouco se importando com mulheres e crianças.
Hoje a bola da vez, mais uma vez, é a inovação. Inovação revolucionária, como se as anteriores não o fossem, mas desta vez a coisa vai ainda mais longe. O ser humano desafia seus limites e, com a inteligência artificial, abre as portas para a ficção científica entrar em cena. Será que as máquinas dominarão o planeta? Essa a pergunta fascinante para a qual ninguém tem a resposta. No ritmo que vai, os avanços não têm limites. Será que quando alguém abrir os olhos já será tarde?
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