Fake news é coisa velha
O mundo vive a enxurrada das fake news. É fake news para cá e para lá como se a vida dependesse delas para ter sentido. O pior é que dependendo de quem, até depende. Não tem o que fazer, a informação perdeu credibilidade. O que vale hoje é o que é replicado milhões de vezes, até virar verdade. Goebels o ministro da propaganda de Hitler ficaria maravilhado com o processo.
As notícias falsas atingem diretamente até gente que não deveria levá-las a sério porque o absurdo escrito é tão absurdo que não tem como achar que aquilo é verdade. Só que não é o que acontece, professor universitário replica os maiores disparates perguntando se aquilo é aquilo mesmo.
O presidente dos Estados Unidos é fã incondicional da boa arte de soltar notícias falsas ou sem qualquer base. Se ele faz, imagine o resto. O resultado é o suicídio de adolescentes, a automutilação de meninas, ataques de ódio e o mais de ruim e feio que anda por esse mundo. Até bomba no show de Lady Gaga entrou na pauta.
Mas quem acha que notícia falsa é coisa nossa está completamente enganado. Ao longo da história a quantidade de notícias falsas que foram usadas de todas as formas para o bem e para o mal, dependendo do lado em que se está, é incalculável.
Mensagens falsas nas guerras eram e são comuns até hoje. A história do cavalo de Tróia para que ele fosse conduzido para dentro das muralhas da cidade é o primeiro exemplo que me vem a cabeça, mas tem muitos outros. Ulisses era mestre em mentir e espalhar a mentira.
Para não ficar tão lá atrás, a guerra hispano-americana, em Cuba, começou com uma notícia falsa publicada deliberadamente num jornal de Hearst, em Nova Iorque. O que mudou é a ordem de grandeza. Com o computador e as redes sociais o fenômeno se multiplicou milhões de vezes.
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