1.100 quilômetros e contando
No dia 18 de junho a cidade de São Paulo enfrentou um congestionamento de mais de 1.100 quilômetros. É quilômetro para ninguém colocar defeito, mais do que a distância rodoviária entre São Paulo e Brasília.
Máquina de fazer doidos, o congestionamento paulistano cresce em volume e intensidade nas vésperas de feriado. Dia 18 de junho era véspera de “Corpus Christi”, que caiu na quinta feira, possibilitando e incentivando uma emendadinha – “pra que trabalhar na sexta? Melhor meter o pé na estrada.”
As estimativas davam conta de que 2 milhões de veículos deixariam a Capital pelas várias estradas a sua disposição. Mas mais impressionante é que as estimativas falavam em 16 milhões de carros rodando pelas estradas paulistas durante o feriado. É muito carro, mesmo considerando que o mesmo carro poderia ser contado mais de uma vez, por conta da ida e da volta. E dos passeios no meio.
São Paulo tem uma frota impressionante de veículos de todos os tipos, velhos, não tão velhos e novos. O que não se vê mais são as resistentes Brasílias e os possantes Opalas. Estes saíram de cena, abriram espaço para carros velhos mais novos, inclusive importados.
Tanto faz, com eles ou sem eles, a cidade para cada vez que um destes congestionamentos resolve dar o ar da graça. Já falei, até alguns anos atrás, um super congestionamento atingia 400 quilômetros, isso agora é menos que média diária, é fichinha perto do que acontece nas ruas e avenidas.
Como não poderia deixar de ser, afinal o ruim demora mais para sair, a ajuda inestimável da incompetência da CET contribui diretamente para estes números que levam milhares de pessoas para sessões de análise.
___
Siga nosso podcast para receber minhas crônicas diariamente. Disponível nas principais plataformas: Spotify, Google Podcast e outras.