A nova SABESP

A SABESP foi privatizada e a bem da verdade, começou a fazer água. Primeiro, disse que não estava deixando alguns bairros sem água. Ao contrário, mas colocou a culpa da falta de pressão no fato dos bairros ficarem em zonas mais altas. Curiosamente, um dos bairros afetados foi o Butantã que fica no nível do Rio Pinheiros, ou seja, é várzea e baixa.

Na sequência fez uma enorme lambança com os valores das contas, lógico que para cima. Não ouvi falar de um único valor para baixo. Para não dizer que não sofro na pele, o relógio de água da minha casa, de acordo com um técnico da própria SABESP, é para edifícios comerciais. Além disso minha casa tinha um vazamento interno e outro no relógio da SABESP. Eu fui ao atendimento da prefeitura, que tem um balcão da SABESP, e fiz as comunicações. Vieram verificar o conserto do vazamento, mas até hoje ninguém veio trocar o relógio, e a data para isso era 20 de junho.

Mas estes são casos leves, a coisa fica muito mais complicada. De estouro de tubulação, a afundamento da Marginal Tietê já aconteceu de tudo, inclusive ações que comportam procedimentos penais contra a companhia, como jogar esgoto em natura no Rio Tietê.

Isso mesmo, depois da cratera ser fechada e misteriosamente voltar a abrir, a SABESP decidiu que a solução para consertar mais rápido a tubulação rompida era bombear o esgoto que não tinha por onde passar direto no Rio Tietê. E ela, na cara dura, fez isso, ninguém sabe por quantos dias, só parando quando foi pega no flagra, com os canos jogando enormes quantidades de esgoto no rio que o Estado já gastou bilhões de dólares para tentar despoluir.

Entre secos e molhados, teríamos mais casos para colocar na conta, mas para que estender uma história vergonhosa? A pergunta que fica é se o governador está contente com o rumo que as coisas tomaram.

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