Os búfalos chegaram

Depois de capivaras e jacarés, agora são os búfalos que dão as caras na Marginal Pinheiros. Um bando deles, ou uma manada, apareceu nadando no Rio Pinheiros e depois subiu na margem para pastar ao lado da ciclovia que já é, faz tempo, resort de luxo para capivaras.

Nada de novo, São Paulo é a cidade dos imponderáveis, dos impossíveis, dos inacreditáveis. Aqui tudo pode ser, até quando todas as certezas indicam que não pode. Pode. Não tem discussão, contra fatos não há argumentos, eles se impõem necessariamente, como o nascer do sol, ou a lua cheia na noite de lua cheia.

A certeza dos búfalos nadando e depois pastando na margem do rio foi confirmada pelas imagens dos búfalos nadando e depois pastando na margem do rio. Imagens incontroversas, em filmes e fotos, lá estavam eles, firmes e fortes, inclusive os filhotes.

São Paulo já mostrou onças pardas nas periferias; jacarés – que depois foram embora – no rio Tietê; cavalos soltos e arreados nas mais variadas regiões; gado vacum pastando em terrenos baldios e chácaras, além de porcos, cabras, cabritos e carneiros.

Fazia tempo que uma imagem dessas não chamava a atenção da imprensa. A manada de búfalos chamou e fez sucesso.

Segundo a mulher que se diz dona dos búfalos, eles tocaram em frente, rio abaixo, porque não tinham alimento no terreno onde ela os cria. Com fome, os animais decidiram procurar novos pastos e partiram pela trilha mais fácil, a margem do rio.

Quem já ouviu alguma coisa sobre búfalos, sabe que eles não param diante de nada. São grandes, fortes e pesados, não há cerca que os segure. Dessa vez não foi diferente. Foram em frente, na toada calma de quem sabe que chega aonde quer. O resultado foi a comoção da cidade.

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