O mundo segundo Donald Trump
“Haja o que hajar”, o mundo depois de Donald Trump será um lugar completamente diferente, com regras diferentes, cores diferentes, poderes diferentes, relações de todas as formas, diferentes. Não sobrará pedra sobre pedra da antiga ordem vigente, criada e consolidada depois da Segunda Guerra Mundial.
O avalista da antiga ordem tem um presidente que não quer mais a antiga ordem. O que vai sair do fundo do túnel ninguém sabe, nem eles, mas será algo inédito, pelo menos no último século, depois da lenta queda do Império Britânico.
Se será bom também é uma incógnita. Aliás, como Donald Trump. Quem disser que sabe quem é o presidente norte-americano, sem ser da família e mesmo assim extremamente próximo, é mentiroso.
Com certeza eu não sei quem é ele, como a imensa maioria do povo brasileiro, incluídos os diplomatas do Itamaraty, o presidente da república e seu desafeto, Jair Bolsonaro. Todos temos algo em comum, não sabemos quem é, o que pensa e o que fará Donald Trump.
Entre suas maiores façanhas está expor a democracia norte-americana e mostrar que ela é tão fraca quanto a de qualquer república de banana mostrada nos filmes de Hollywood. Está tudo dominado, congresso, justiça, imprensa e o mais que se imaginar, incluído o povo que apoia ou não sabe o que pensar.
A falta de cerimonia que ele faz e desfaz é assustadora e a nação atordoada aceita. O resto é conto da carochinha. Quem manda é ele e ponto final.
Se no fim será bom ou ruim é impossível de dizer. Não por mim – quem sou eu para voos dessa altura? –, mas por todos os analistas. Quem disser que sabe, repito, é mentiroso. Quem viver, verá.
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