É tempo de ficar esperto
Os dias atuais têm sido densos, tensos e complicados. O mundo vai de ponta cabeça, faltam líderes competentes e com capacidade de liderança. Faltam homens com boa vontade. Faltam valores que pautem as pautas com parâmetros éticos e base moral.
Enfim, falta tudo que nós precisamos para seguir em frente, não felizes porque a felicidade não é um estado permanente, mas pelo menos suficientemente seguros de que com um pouco de jeito e bastante força de vontade, pode dar.
Tudo que valeu durante 80 anos não vale mais e a mudança foi iniciada por um único homem, que descobriu que a democracia americana, a formidável democracia americana, era um gigante com pés de barro e joelhos fracos.
Em poucos dias Donald Trump mudou o rumo da nação, quebrou todos os paradigmas válidos, enfrentou e perseguiu quem não concorda com ele, desrespeitou decisões judiciais, mentiu descaradamente e apavorou as forças vivas do país, colocando-as no canto, arrumando desculpas esfarrapadas para justificar o injustificável.
Enquanto o rock corre solto na terra de Tio Sam, do outro lado do Atlântico a Europa vive um drama ainda mais sério. Com a invasão da Ucrania e as posições de Trump sobre a guerra, a Europa descobriu que é muito mais fraca do que pensava. E, pior ainda, que não tem muito o que fazer para tentar recuperar o prestígio perdido. Até porque a Alemanha está parada, a França está quebrada e a Grã-Bretanha não tem muita certeza do seu futuro.
Aqui, nós vamos que vamos. As ondas passam e a canoa navega, mas até quando? Se o Brasil não se livrar da direita e da esquerda que se odeiam, mas se protegem, não tem jeito. E quem paga conta somos nós.
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