O São Paulo faz a diferença
Vendo Boca e River, que vergonha do meu São Paulo! Mas quantos times você conhece que podem dizer de peito cheio: este ano não perco mais, não caio para a segunda divisão e estou na Libertadores?
Pois é, meu time pode: este ano não perco mais, não desço e estou na Libertadores da América.
Meu time é o time. Meu time é a máquina de jogar bola, o rompe-traves, o imbatível e inefável São Paulo Futebol Clube.
O único, o escolhido, o diferente São Paulo Futebol Clube. O tricolor do Morumbi, o campeão dos campeões, que não tem dez Campeonatos Brasileiros nas costas e nem quer ter porque é campeão do mundo, campeão de verdade, não de campeonato arrumado para enganar torcida.
O São Paulo é o São Paulo. É o escolhido de Deus, o time que tem o direito divino de ganhar sempre e que só não o faz para não tirar a esperança da vida de milhões de pessoas que torcem para outros times e vivem embalados pela ilusão de que podem ser campeões.
Até podem, mas apenas porque o São Paulo, estrategicamente, inventa uma má fase e faz de conta que não é mais o São Paulo.
Algumas vezes a representação dura mais, outras menos. O fato incontroverso é que, todas as vezes que o São Paulo quer, ele exerce o direito divino de ser campeão.
O único risco que ameaça o tricolor é a própria diretoria. Tirando ela, o futebol se curva à majestade, ao brilho indiscutível do gigante do Morumbi.
O São Paulo é tão importante na ordem natural que apenas um time como ele teria condições de criar a tática caranguejo que vem sendo usada com sucesso há três temporadas. Ela é tão eficiente que até a seleção brasileira a adotou. Nela, a única coisa que não importa é o resultado.