Fazer o bem, sem olhar a quem
O que falta para o Brasil ser uma nação mais filantrópica
A filantropia, o ato de ajudar o próximo, é bastante antigo. Acredita-se que o seu conceito foi criado pelo imperador Flávio Cláudio Juliano, que comandou o Império Romano entre os anos de 331 e 363. O Brasil não está entre as principais nações no ranking de doações mundiais, não fazemos parte do grupo dos mais caridosos. Um dos motivos é a falta de conhecimento do que as organizações filantrópicas fazem. Mas, tem crescido o número de brasileiros que praticam algum trabalho voluntário.
Conceitualmente, a filantropia pode ser praticada por meio de contribuições ou doações, por indivíduos ou por entidades filantrópicas, sem fins lucrativos, que trabalham com questões humanitárias como na área social, na educação, ou na saúde. Fazer o bem, sem olhar a quem, nos traz uma sensação de bem-estar, de estar ajudando alguém sem esperar nada em troca. Mas porque ainda somos tão pouco caridosos e generosos?
Sim, nós somos. E isso foi comprovado na última edição do Índice de Doações Mundiais de 2017, da Charities Aid Foundation (CAF). Entre 139 nações avaliadas, o Brasil ficou em 75º lugar. Considerando apenas os países da América do Sul, ficamos na 6ª posição. Na região, os três primeiros colocados foram o Chile, Equador e Uruguai. Por outro lado, o mesmo estudo mostrou que globalmente ocupamos o 5º posto entre os países com o maior número de voluntários: um em cada cinco brasileiros faz trabalho voluntário.
O nosso baixo índice no que se refere à caridade pode ser atribuído a alguns motivos, como a crise econômica que o Brasil atravessou, o que pode justificar termos caído sete posições no estudo atual quando comparado ao realizado em 2016 (68º lugar), e também à falta de conhecimento sobre o que as entidades filantrópicas realmente fazem, o que gera uma desconfiança. Há muitas que fazem um trabalho muito sério e com muitas pessoas que dependem delas. Nós, brasileiros, deveríamos ter um outro olhar para a filantropia.