A importância do queijo
Ao contrário do nhoque, que não existe, portanto não faz diferença, o queijo faz toda a diferença. Uma casa que tem queijo tem tudo. Já uma casa sem queijo, ainda que tendo a geladeira cheia, não tem nada.
A felicidade na próxima vida está num céu cheio de queijo. Não é por outra razão que a lua é feita de queijo, o que a NASA sabe, mas não confirma por causa do lobby da margarina.
Queijo é a essência da perfeição, a possibilidade do sonho ser real, a vitória da civilização sobre a barbárie. Onde tem queijo tem felicidade. Por isso não tem queijo no inferno. A proposta no inferno não é ser feliz, é ser punido. Que punição pode ser mais cruel e drástica do que não ter queijo? Ou melhor, ver o queijo separado por um vidro, ver os outros, felizes, comerem o queijo, enquanto o pecador tem na mesa em frente um prato com rim fatiado, quiabo e jiló.
Em princípio, tanto faz o queijo, sendo queijo, é bom. Mas existem sutilezas e diferenças que fazem alguns queijos melhores do que outros, ainda que o julgamento seja aberto e subjetivo.
Um bom brie é meio caminho para o Paraíso. Quente e com geleia de amora em cima, é três quartos do caminho. O que não significa que um bom queijo da Serra da Estrela não siga no mesmo ritmo e, se for derretido, fique até um pouco na frente dos três quartos do brie.
Camembert, queijo de cabra, massadan, gruyer, emental, etc. Todos são muito bons. Como são maravilhosos os queijos pratos e as muçarelas. E as ricotas e os requeijões.
Mas bom, bom mesmo, são alguns queijos de Minas que eu ganho, trazidos com muito carinho, diretamente de Uberaba, pelas minhas sobrinhas, cunhados e pelas amigas Maria Inez e Vera. A vocês, muito obrigado. Esses queijos são mais que queijos, são a paz dos justos.