Igrejas e catedrais
O incêndio que destruiu a Catedral de Notre-Dame leva a extremos, como dizer que era a igreja mais bela do mundo. Pode ser que sim, pode ser que não, depende do gosto e afinidade de cada um. Tem quem ache e quem não ache e todas as opiniões são válidas e devem ser respeitada. Até porque gosto é coisa que não se discute e a possibilidade de falar com Deus é ato individual, intransferível, que exige ou não local espacial, que pode ou não ser um templo cristão.
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Como dizer que Stonehenge não é um local sagrado, mágico e deslumbrante? Como desprezar as pirâmides do Egito? E as pirâmides americanas? E o Partenon? E tantos templos que, como Petra, são desconhecidos da maioria das pessoas?
Como não se sentir próximo de Deus na Saint Chapelle? E como não ter a paz necessária dentro da Igreja do Pátio do Colégio? Como fugir da maravilha de São Francisco na Bahia? E como não compará-la à Igreja de São Francisco do Porto?
O que dizer dos três mosteiros portugueses: Alcobaça, Batalha e Jerónimos? Cada um marcando um momento do reino. Os três nos colocando em contato com Deus.
E o que dizer da Catedral de Colônia ou da igreja bombardeada e reconstruída em vidro, em Berlim?
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Como passar pela Catedral de Munique? Pelas igrejas bombardeadas de Lubeck? Pela majestade da Abadia de Westminster? Pela beleza dos vitrais de Chartres? Por Reims e Orleans?
Pelas igrejas italianas: Firenze, Roma, Milão, Veneza, Nápoles, etc.?
Como desprezar Leon ou a Sagrada Família em Barcelona?
Como esquecer os templos incas? A riqueza do Oriente?
Notre-Dame era deslumbrante, mas, como ela, existem muitas outras.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h