Cada um é cada um
Raça, sexo, necessidades especiais ou não, religião, política e futebol não fazem ninguém melhor do que ninguém. Cada um é o que é e todos somos seres humanos. Neste capítulo não há diferença entre nós. Somos o que somos, mas não perdemos a caraterística básica da espécie. Por isso cada um é o que é e ninguém é melhor do que ninguém.
Desde sempre o ser humano tentou criar diferenças, valorar o indivíduo baseado em critérios aceitos por alguns, repudiados por outros, mas todos subjetivos, ainda que coletivos.
Por que o homem branco é melhor ou superior a qualquer outro se todos viemos de um mesmo ramo, surgido na África, onde as pessoas são negras? Por que esta religião é melhor do que as outras e faz seus seguidores mais próximos de Deus se nenhum de nós, pelo menos nesta vida, viu Deus ou ouviu dele a verdade definitiva?
Quem disse que Deus não é um só e as religiões apenas os caminhos para tentarmos entender o ininteligível? Qual a diferença entre o Deus judeu, o Deus ortodoxo, o Deus católico e o Deus protestante, se as religiões são apenas a forma de adorar um mesmo Deus?
Quem disse que este Deus não é Alá ou o Deus ou os Deuses das demais religiões espalhadas pelo planeta?
Por que o heterossexual é melhor do que o homossexual? E por que o portador de necessidades especiais é diferente de quem, sei lá com base no quê, não é portador de necessidades especiais?
Todos somos seres humanos e temos direito a buscar a felicidade da forma que nos pareça mais apropriada. Todos temos o direito de viver da melhor forma possível, de acordo com que acharmos correto, a vida que nos foi dada. O que não se pode, seja lá com base no que for, é alguém se imaginar mais ou melhor. Com certeza, não é.