Mano e véio é o que mais tem
Popular entre os jovens e uma ofensa para muitos
Pode soar bem estranho, mas não é de se assustar se alguém te chamar de mano ou véio. Ambas as gírias saíram da periferia e conquistaram o linguajar dos jovens paulistanos, de tal forma que em uma conversa entre eles é bastante comum ouvir dezenas de vezes estas palavras e até a cada segundo, sem que eles percebam. Grotescas e até uma ofensa para muitos, e já habitual para outros, mano e véio estão por aí. Até quando?
É bastante comum os jovens se juntarem em grupos e criarem uma linguagem que só eles entendem. Para quem está de fora, muitas vezes fica difícil compreender o que eles estão dizendo, e não se sabe ao certo a origem das gírias e de que forma certas palavras são as escolhidas para caírem no linguajar popular. O que se sabe é que pela primeira vez, em 1628, a palavra gíria, argot, em francês, foi relacionada à “confraria dos indigentes, dos mendigos”.
Anos mais tarde, ela seria definida como a linguagem específica de um grupo social. Fato é que de geração para geração, as gírias sempre estiveram presentes, muitas delas faziam e até hoje fazem parte do nosso vocabulário, e outras ficaram no esquecimento. Quem não se lembra de broto, borogodó, chapa e tipão?. Agora é a vez de mano e véio. E muitas outras que proliferaram pela internet, como um vocabulário restrito aos jovens.
Aliás, véio ganhou uma nova versão. Agora o que se diz é véy. E também é bastante comum entre os jovens a expressão TMJ, que se traduz em “tamo junto”. Com isso, podemos concluir que várias gírias nascem, se proliferam, até serem substituídas por outras ou extintas. Talvez este seja o caso de mano e de véio. É só uma questão de tempo.
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