Os números não mentem
Até pouco antes da Segunda Guerra Mundial, a expectativa de vida no Brasil mal chegava nos 45 anos e na Europa a situação não era muito melhor, com as pessoas vivendo em média algo próximo dos 50 anos.
Antes disso, no século 19, a Europa era regularmente varrida por epidemias, que matavam dezenas de milhares de pessoas em cidades como Londres, Paris, Roma ou Berlim.
Na Idade Média, a peste negra matou mais de 1/3 da população europeia, dizimando cidades e regiões inteiras ao longo dos vários ciclos em que a doença recrudescia e depois se acalmava.
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No século 19 e começo do século 20, a sífilis cobrou alto preço de sociedades inteiras, incluída a brasileira, que pagou caro em função da expansão da doença. E a tuberculose não ficou atrás.
Logo depois da carnificina da Primeira Guerra Mundial, a gripe espanhola devastou o mundo, matando milhões de pessoas em todos os continentes.
A lista é quase infindável, passando pela poliomielite, sarampo, caxumba, catapora, rubéola, febre amarela, malária, hanseníase, etc.
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Curiosamente, depois da Segunda Guerra Mundial, boa parte das doenças endêmicas e epidêmicas retrocederam ou mesmo foram extintas em bom número de países.
Isto não aconteceu por obra do acaso. Aconteceu em consequência de fortes campanhas de vacinação, ao mesmo tempo que o emprego de medicamentos modernos, como os antibióticos e as sulfas, combateu eficientemente a evolução das moléstias.
É apavorante não levar esses dados em conta e imaginar que vacinas e remédios fazem mal. O que mata são as doenças. O que salva são as vacinas e os medicamentos modernos. Vacinar seu filho é a sua melhor defesa.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.