Acaso ou destino
Por que, de manhã cedo, quando você se veste para sair, você pega a meia da direita e não a da esquerda? Por que a camisa azul e não a listada de vermelho? Por que o sapato preto e não o marrom?
Acaso ou destino? Será que o acaso existe ou será que tudo tem uma razão de ser, previamente escrita em alguma estrela perdida depois do fim da Galáxia? Por que você sai às 7 horas e não às 7 e um? Por que um minuto faz toda a diferença?
Antes era cedo, depois é tarde. A hora é a hora. Mas que hora é essa? Por que ela é a hora? Quem disse que ela é a hora? Aliás, o que é a hora? O que é o tempo?
São muitas perguntas e poucas respostas. O importante é que as paralelas se encontram no final do universo. Ou pelo menos dizem que será assim. Ninguém foi até lá para ver.
Da mesma forma que ninguém voltou para nos contar o que existe depois da morte, o que faz muita gente questionar se existe alguma coisa.
O General Eisenhower dizia que nunca encontrou um ateu na linha de frente, com rajadas de metralhadora varrendo a posição.
Mas por que as coisas são como são nas linhas de frente dos combates da vida? Por que um minuto pode ser a diferença entre a vida e a morte e este minuto não depende de nós? Depende de um motorista bêbado que entra alucinado na contramão. Ou da bala perdida no tiroteio entre a polícia e o ladrão.
Quem somos nós para saber os porquês? As coisas são, simplesmente são. Sei lá se é destino ou é acaso, o fato é que ninguém foge da própria sorte, nem engana a vida. O último que fez isso foi Sísifo e ele empurra eternamente um rochedo, que nunca chega no topo, para aprender a não enganar os deuses.