A velocidade das estradas
Toda vez que desço para a Baixada Santista fico indignado com as velocidades encontradas nos diferentes trechos de uma viagem de perto de cem quilômetros. Está certo que uma estrada não é absolutamente igual em todos os seus trechos e que esta variação justifica tratamentos diferentes para cada um deles, sempre em nome da segurança dos usuários.
É aí que surge a primeira dúvida que dá início ao processo de me deixar indignado. Da mesma forma que uma estrada não é igual em todo seu percurso, o padrão de qualidade das diferentes estradas também não mantém uma uniformidade capaz de dar a todas elas tratamentos semelhantes. É assim que estradas mais modernas devem ser tratadas de forma diversa das mais antigas, onde a engenharia empregada não garante as mesmas condições de segurança. E a mesma regra é validade para diferenciar o tratamento entre uma estrada com várias pistas em cada direção de outra com pista única. Se aplica também para estradas com traçados mais retos e para as com alta incidência de curvas.
As estradas que descem para a Baixada Santista são a Anchieta e a Imigrantes. A primeira é uma das rodovias de pista dupla mais antigas do país. A segunda, especialmente em sua pista descendente, é uma das rodovias mais modernas do Brasil. Então, se tomarmos as velocidades autorizadas para outras rodovias muito mais precárias, ou perigosas, veremos que as velocidades autorizadas para o sistema Anchieta Imigrantes não têm lógica. Ou foram estabelecidas para encher os cofres do governo estadual.
Como imaginar a Imigrantes descendo a 80 KM/H quando a velocidade da Piaçaguera é 110 KM/H