Todo dia é dia da mulher
Quem não tem na cabeça a imagem da mãe se sacrificando pelo filho? Seja na forma de Nossa Senhora ao pé da cruz; seja na imagem da mulher trabalhadora e independente, dona do seu nariz e da sua vida, carregando as crianças no colo; seja na mulher delicada, o dia inteiro por conta da casa e da família, a mãe tem sempre uma presença fundamental, até quando se transforma em complexo e casa com Édipo.
Mas, e quem não é mãe? Quem é apenas mulher, por opção, por convicção ou apenas por nascer assim, fruto de um encontro fora de seu controle, entre um espermatozoide e um óvulo?
Na origem de tudo está a mulher. O mistério, o deslumbramento, o descobrimento e a beleza existentes em toda mulher.
Entre todas as formas da natureza, nenhuma é mais bela que o corpo da mulher. Não só da jovem de medidas exatas, seja lá o que quer dizer isso, mas de todas as mulheres, de todas as idades, cada uma com seu contorno e sua poesia, estampada na forma divina de seu corpo naquele momento, que é sempre o momento certo na vida de cada pessoa.
Mas a mulher é muito mais que forma. A mulher é ideia e sensação. E é inteligência, no celebro rápido ao ponto de o homem mais inteligente não ter qualquer chance, ainda que diante da mulher mais limitada.
É por isso que eu deixei essa crônica para o dia de hoje. O dia 8 de março pode ser o dia internacional da mulher como uma convenção da ONU, ou para aumentar as vendas do comércio. De verdade, o dia 8 de março é um dia como outro qualquer, sem razão nenhuma para comemoração ou festa. O dia da mulher é todos os dias, em todas as partes do mundo. Parabéns, mulher, o dia de hoje também é seu.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h