Mensagem
Alguns sonhos são apenas sonhos. Não têm outro significado, nem razão de ser, além de serem sonhos. Mas há sonhos que são premonições, avisos, e alguns mostram o caminho.
Na Grécia antiga, os adivinhos, como Calcas, liam nas entranhas dos animais, no voo das aves, mas principalmente nos sonhos o que os deuses reservavam aos mortais. Foi assim que Ifigênia foi sacrificada para o sucesso na Guerra de Tróia.
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Foi assim que Aquiles falou a Neoptólemo sobre o descaso dos gregos com o túmulo do mais forte dos heróis. Foi em sonho que Anquises mostrou a Enéas o que era preciso fazer para sua viagem chegar ao fim e uma nova terra servir de lar para os troianos sobreviventes.
É no sonho que outra vida se materializa entre o ser e o não ser. Entre a razão e a sensibilidade. Entre o impossível e o possível redescoberto.
Tem quem acredita e quem não acredita. Eu acredito nos sinais, nem sempre perceptíveis, mas presentes e ao alcance de quem quer os ver.
Já vivi situações sem explicação, como minha mulher acordar durante a noite e me dizer: “tal pessoa morreu” e quinze minutos depois o telefone tocar, dando a notícia da sua morte.
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Quem quer acredita, quem não quer não acredita, tanto faz, não é para convencer ninguém, é apenas para mostrar que existem mensagens e sinais que nos falam muito mais e antes dos fatos se darem.
Faz pouco, um amigo me contou um sonho em que ele e um terceiro amigo comum, muito querido e já falecido, passavam por uma experiência claustrofóbica, apertados por um grupo de pessoas. Esse amigo estava quieto, branco, amuado, quando de repente o local se abriu para desembocar numa zona ampla e com luz. Imediatamente seu semblante mudou. O recado estava dado. Cumpre a nós tocar em frente.
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