Gostas de cachorros
Tem gente que gosta e tem gente que não gosta de cachorros. Também tem gente que gosta muito e gente que gosta, mas gosta menos, sem que isso queira dizer que não pode, ou não quer ter um.
Mas as manias e predileções vão além. Tem gente que gosta só de uma raça, tem gente que gosta de todas, mas, por outro lado, mesmo gostando de todas, só teria uma, por uma série de razões que nem sempre tem uma razão lógica.
Tem cachorros grandes e cães pequenos. Eu, por exemplo, prefiro muito os cachorros grandes aos cães pequenos, quem sabe, por achar que lugar de cachorro é no quintal e não dentro de casa, o que faz com que os cães pequenos fiquem em desvantagem, porque a ideia de tê-los implica na ideia de tê-los dentro de casa.
Já os cachorros grandes são vistos normalmente como valentes cães de guarda, o que invariavelmente não é verdade, não passando de grandes bichos mansos, que não sabem morder ninguém, e seriam inclusive capazes de ajudar os ladrões. Mas em função dessa ideia, é costume imaginá-los nos jardins, rondando a casa de dia e de noite, atentos ao que acontece em volta, mesmo a prática mostrando que ficam dormindo a maior parte do tempo.
Tem cachorro grande peludo e cachorro grande de pelo curto. Tem cão pequeno de pelo curto e cão pequeno de pelo longo. O melhor é só uma questão de gosto. Quem gosta de um boxer prefere pelo curto, quem tem um São Bernardo prefere pelo longo. Será que é assim, mesmo? Ou será que na maioria das vezes simplesmente ganhamos um cachorro e adotamos a teoria de “que cavalo dado não se olha os dentes” para levar para casa um cão que em princípio nós não queríamos?
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