Arte

Dos Neandertais aos Cro-Magnons; dos egípcios aos babilônios; dos chineses aos gregos; dos etruscos aos romanos; dos celtas aos vikings; dos moicanos aos tupis, arte sempre foi algo mágico, mais ou menos parecido. Uma imagem é uma imagem, uma estátua é uma estátua, uma pintura é uma pintura, um animal é um animal, um ser humano é um ser humano. Deus é Deus e os anjos são anjos.

Nos palácios chineses, nos templos indianos, em Angkor Wat, nas pirâmides maias, em Karnak, nos jardins da Babilônia, no Parthenon, no Pantheon, nos palácios árabes, na Catedral de Colônia, no mosteiro de Alcobaça, nas igrejas europeias, em Santa Sofia, na Grande Mesquita, em Constantinopla, Pequim, Xiam, Tóquio, desde o começo dos tempos, a representação de um cavalo é um cavalo, um ser humano é um ser humano, uma ave é uma ave e uma árvore é uma árvore.

Ao longo da Idade Média, com Giotto e Brunelleschi; na Renascença, com Leonardo, Rafael, Michelangelo, Botticelli e, depois, Lucas Cranach e Rembrandt, as formas sempre tiveram relação com a figura.

Escultura, pintura, mural, baixo relevo, tanto faz, cada imagem tinha sua representação no mundo. E a regra seguiu em frente com El Greco e Goya; Coubert e a Origem do Mundo; e os impressionistas, Renoir, Degas, Van Gogh, Sisley, Monet, Manet, Gauguin e, na escultura, o gênio de Rodin.

Começou a mudar com Picasso, se emaranhar com Dali e Mirò. Se torna abstrata na Europa, viaja para os Estados Unidos, Calder, Georgia O`Keeffe, Pollock, sempre sendo arte, inclusive no Brasil, com Anita, Tarsila, Di Cavalcanti, Portinari, Graciano, Brecheret, Bruno Giorgi, e evolui para Cabral e Dudu Santos, na estrada lógica dos cânones que sempre pautaram a viagem do ser humano em busca de sua alma. E a evolução continua. Arte é arte. Estamos num ponto que eu não a entendo, mas a culpa é minha.

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