Pessoas especiais
Quem não conhece algumas pessoas especiais? Gente que é diferente na forma de ver o mundo, de fazer as coisas, de encarar a vida?
Pois é, todos nós conhecemos. De algumas, inclusive, somos amigos. São pessoas que só entendem a vida se fizerem o bem, se forem úteis, o que é completamente diferente de ser politicamente correto.
Ser útil é maravilhoso. Poder servir o mundo, ou tentar melhora-lo, ainda que só um pouco, sem recompensa, não tem preço, ainda mais nestes tempos de trevas, nestes tempos onde o feio vai ganhando, não porque o feio precisasse ganhar, mas porque o lado do bem, ou de quem deveria estar do lado do bem, simplesmente está se omitindo, fingindo que não vê, que não é com ele, que as causas são mais profundas e por aí a fora, num discurso medroso, para dizer o mínimo.
É neste cenário de violência, de estupidez, de falta de controle e de bom senso que as pessoas boas, as pessoas especiais se sobressaem ainda mais.
Normalmente do outro lado da moda, discretas, quase escondidas, elas vão fazendo sua parte, porque acham que têm que fazer, e isso é tudo. Não querem brilhos, fotografias, ou notícia nos jornais. Não é por este lado que elas giram. Nem pela troca de favores, porque fazem ou deixam de fazer isso ou aquilo.
Não, para elas o mundo tem outro sentido, outras prioridades, capazes de faze-las largar o que estiverem fazendo por causa delas. E estas prioridades normalmente são coisas teoricamente pequenas, que não dão Ibope, nem chama atenção, mas das quais pode depender a felicidade de outra pessoa, o bem estar de um ser humano.
Estas pessoas especiais são as que entenderam o que Jesus quis mostrar quando lavou o pé dos apóstolos.
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