Como será o inverno?
A pergunta que não quer calar é: como será o inverno? Pelo frio que fez nas últimas semanas, é de se esperar que o inverno seja cruel, que venha cortando de cima, em ondas geladas, subindo da Argentina, Brasil a fora, até chegar em Rondônia e outras regiões que não deveriam sentir frio, mas que não estão livres dele, ainda mais neste ano maluco, com o coronavírus entrando na fase três.
Neste outono fez frio. As temperaturas baixaram com a falta de cerimônia dos dias de inverno, ainda que faltando um tempo para a chegada da estação fria.
Agora, “Quem bate? É o frio! Eu não deixo você entrar. As Casas Pernambucanas vão aquecer o meu lar”… não tem mais cobertores Parahyba, então é complicado. Como enfrentar as próximas noites geladas sem a proteção da confiança de marcas que desapareceram, mas eram sinônimos de qualidade?
Nunca tivemos tantas pessoas morando nas ruas. É um absurdo! E o absurdo foi agravado pela pandemia, que corre solta e coloca milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade frente aos mais diferentes eventos. Desemprego, fome e frio interagem com a dureza das ruas, como alternativa de vida.
Se morar nas ruas é cruel em qualquer época do ano, o frio do inverno torna mais difícil as noites geladas. Sobreviver nelas é mais que um ato de coragem, é um grito de desespero.
O inverno chegou, bateu na porta e entrou. Pelo frio do outono, podemos imaginar o que vem pela frente. Se bem que não tem uma relação de causa e efeito, a lógica de um outono gelado é um inverno mais gelado. Se acontecer, será trágico e cruel para milhares de pessoas que moram nas ruas. O que você pode fazer para ajudar?
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