Um bom engraxate é um artista

[Crônica de 23 de novembro de 2014] Casa vez mais, tem menos engraxates na cidade. Faz tempo que eu abordo o tema, confesso que com tristeza. Um bom engraxate é um verdadeiro artista.  Ele deixa sua marca no sapato. Quando comecei a trabalhar, lá se vão muitos anos, o Centro…

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Jabuticaba e pitanga

Tem gente que diz que bom, mas bom mesmo, é comer jabuticaba no pé. Tem também quem diga que o bom é comer pitanga no pé. Eu digo que melhor ainda é comer pitanga e jabuticaba no pé, na sequência, no mesmo dia, depois de fazer minha caminhada matinal, logo…

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Tem responsabilidade, sim

É claro que vão dizer que as tempestades são mais fortes e que não tem jeito de impedi-las. É verdade, ninguém, exceto São Pedro ou uma divindade superior, tem capacidade para amainar as tempestades. Aliás, ninguém tem a pretensão de caminhar por essa senda. Não é por aí que a…

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São Paulo como eu me lembro

[Crônica de 12 de dezembro de 2013] Meu amigo Roberto da Rocha Azevedo, faz tempo queria publicar um livro sobre São Paulo. A cidade em que ele cresceu, tendo por base suas lembranças e um riquíssimo acervo de fotos e filmes da época, feitos por ele mesmo e seus familiares,…

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É preciso acabar com essa onda

Alguns anos atrás, escrevi uma crônica desancando um bando de idiotas que se diziam neonazistas e atacavam judeus em São Paulo. Não tinha o menor cabimento e o mais grave é que, muito provavelmente, os idiotas não tinham noção do que foi o nazismo, mas achavam bonito andar vestidos com…

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Calor brasileiro

Minha avó dizia, nos dias muito quentes, que estava fazendo “um calor africano”. E quando os dias se tornavam insuportáveis, aumentava a escala para “calor abissínio.” Nada era mais definitivo do que “calor abissínio” para definir o indefinível, a sensação desagradável não transmissível em palavras, dos efeitos devastadores do calor…

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O último Interlagos

[Crônica de 24 de março de 1998] Houve época em que ele era o máximo. Uma gracinha sobre rodas que transitava pelas ruas de uma outra São Paulo, muito mais calma, muito mais humana, ainda que sendo a cidade que mais crescia no mundo. Comparado com hoje, mesmo seu trânsito,…

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E agora, velho Pacaembu?

[Crônica de 2 de junho de 2014] Com a inauguração do Itaquerão e da Arena Allianz, novo nome do velho Parque Antártica, os três times grande da Capital passam a ter estádios de primeiro mundo, seja lá o que isso quer dizer. Como as coisas vão funcionar é um mistério,…

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O tapete de flores

[Crônica de 5 de agosto de 2009] As flores caem. No seu lugar surgem sementes e assim as árvores se perpetuam, com auxílio dos pássaros e das abelhas, permanecendo parte do cenário. Cada espécie tem sua forma de interagir para garantir a polinização, o cruzamento entre macho e fêmea do…

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Os ônibus velhos

Que os deuses tenham piedade dos que tomam os ônibus velhos, sem ar-condicionado, num dia em que a temperatura chega a 33 graus! Se, com ar-condicionado, um ônibus pode ser antessala do inferno, sem ar-condicionado, com certeza, é o décimo oitavo círculo, não previsto, nem cantado por Dante Alighieri. Por…

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