Natal
É Natal. O solstício de inverno no hemisfério norte marca o nascimento do Cristo que aconteceu 30 anos antes, ninguém sabe direito em que dia.
Pode ter sido e pode não ter sido no dia 25 de dezembro. Isso é mero detalhe, o importante não é a data ser ou não ser o nascimento do Cristo, o que importa é tudo que vem junto, começando pela esperança da remissão dos pecados e na vida eterna ao lado de Deus Pai.
A mensagem do nascimento de Jesus vai além, passa pela chegada de um Deus de amor em meio a tantos deuses vingativos que povoavam os céus dois mil anos atrás.
No seio do Cristo, as pessoas de bem encontram o caminho e a vida na mensagem de paz de suas palavras e ensinamentos.
Mas o Natal é mais. Nele, humanamente, se renovam os laços da entrega de Maria e José, que aceitaram os designíos de Deus e viveram da melhor forma possível, tentando fazer sua parte.
A aceitação do destino inexorável, o “faça-se a sua vontade”, tem algo de profundamente humano. De certeza da necessidade de fazer de acordo com as regras aquilo que deve ser feito de acordo com as regras porque é o que dá sentido à vida e a razão de ser da esperança.
No Natal, a boa vontade, a entrega e o desprendimento deveriam estar presentes no peito de cada pessoa.
A mão estendida dando aquilo que outra mão estendida pede traduz a chama divina que faz do ser humano o ser humano e, neste contexto, o ser humano é bom.
A mensagem do Cristo faz o ser humano, mais do que bom, solidário e generoso para compartilhar a sorte da humanidade e, com o gesto possível, diminuir as desigualdades entre as pessoas. O Natal é isso e muito mais. O Natal festeja o bom e o belo que existe na alma de cada um.