Viajar faz bem
Viajar faz bem para o corpo e para alma. Eu gosto de viajar. Então, de pequenos roteiros próximos de São Paulo, para não falar em viagens dentro da própria cidade, até longas viagens para outros continentes, podendo, eu não deixo barato, entro de cabeça no programa.
Viajo contente. Gosto muito de uma definição do escritor norte-americano James Michener, que escreveu que “ser um turista é ficar com os olhos arregalados de amor”.
É como eu vejo os lugares para onde vou, pela primeira vez ou não. Confesso, com certa tristeza, que não conheço todos os lugares deslumbrantes deste mundo e que não terei como conhecê-los.
Quem sabe conhecerei mais meia dúzia, uma dúzia no máximo. Mais que isso é complicado e eu sei que não farei.
Tudo bem, já andei por um bom número de países e conheço o Brasil relativamente bem. Está de bom tamanho.
Entre as cidades mais bonitas feitas pelo homem, Paris tem um lugar todo especial. Pode ser que para alguns não seja a mais bela, mas para todos, tirando um ou dois implicantes, é uma das mais belas.
Eu gosto de Paris. Gosto da cidade, de seu clima, de sua grandiosidade, de seus museus, bares e restaurantes. Além disso, lá se bebe vinho nacional bom e barato em qualquer esquina. E a comida é um capítulo à parte.
Uma das cidades mais ricas do planeta, Paris não era famosa pela quantidade de pessoas morando nas ruas. Mas esse quadro mudou. E mudou tão drasticamente que confesso que me senti mal, mais de uma vez, vendo mães com crianças pequenas encostadas nas paredes dos prédios, pedindo dinheiro para os turistas, com temperaturas ao redor de 3 ou 4 graus Celsius. A globalização é um processo terrível.