Falta de respeito com o passado
Não há nação sem passado. Nem há presente e muito menos futuro sem passado. Essas verdades colocam o Brasil numa situação delicada. O país não respeita o passado, nem preserva a história.
Ao contrário, por ingratidão, inveja ou medo da comparação, é comum os grandes vultos, os grandes momentos, as grandes façanhas serem escondidas, desvirtuadas ou simplesmente apagadas dos livros.
Quem sabe que José Bonifácio era o melhor e mais preparado funcionário da Coroa Portuguesa? Quem sabe que D. João VI deliberadamente o fez conselheiro do príncipe D. Pedro, com a clara intenção de preparar nossa independência?
Quem aprendeu que D. Pedro falava vários idiomas, tocava vários instrumentos e era considerado um grande compositor, com direito a execução de suas músicas em temporada de gala em Paris?
Quem ouviu falar da participação do almirante britânico, Lord Cochrane, na consolidação da independência? Quantos já pararam para pensar que, graças a D. Pedro e José Bonifácio, o Brasil, ao contrário das colônias espanholas, preservou seu imenso território?
A noção de pátria está esquecida. A história, que foi sempre mal contada para o povo, agora, ainda por cima, foi substituída por tolices ideológicas ensinadas nas nossas deploráveis escolas.
Está maltratada nas ruas, nos monumentos, nos marcos pichados e sujos. Está imbecilizada no pouco que ensinam. Está destruída nas apostilas distribuídas aos alunos.
Os grandes símbolos, os marcos perpétuos do 7 de Setembro são o Museu do Ipiranga e o Monumento da Independência. Um está fechado por falta de segurança. O outro está abandonado, com promessa de reforma. Os dois esperando que os homens públicos criem vergonha na cara.