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139 milhões de pets

 

Pasme, o Brasil tem mais de cento e trinta e nove milhões de animais de estimação. Estatisticamente, quer dizer que temos mais de um pet por casal. O número é impressionante. Pode-se dizer, descontado o exagero, que todo brasileiro tem um animal de estimação.

A notícia tem dois lados: um muito bom e outro não tão bom.

O muito bom é que os pets normalmente são motivo de alegria e trazem com seu latido ou miado uma dose extra de felicidade. O não tão bom é que ter um pet hoje em dia custa muito caro.

Quem tem e já precisou levar ao veterinário para uma simples vacina sabe que pode custar mais caro do que vacinar uma criança. E quem precisou providenciar um tratamento mais sofisticado para garantir a qualidade de vida do pet sabe que pode custar mais caro ainda.

Vale a pena? Já dizia o poeta: Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Ter um animal de estimação faz parte da vida moderna. Tem até quem substitua os filhos por eles. Nada a favor ou contra. Cada um sabe de si e faz a vida como lhe parece mais acertado. Com certeza eu não tenho fórmula mágica para fazer as pessoas mais felizes. E se tivesse, não usaria. A vida de cada um pertence a cada um, então, que cada um seja feliz ao seu modo.

O que não é certo, nem tem sentido, é alguém decidir ter um pet, depois se arrepender e abandonar o cão ou o gato numa rua longe de casa ou, mais misericordiosamente, nos jardins da Cidade Universitária ou da Santa Casa de São Paulo.

Ter um pet é uma decisão importante. O bicho, de uma forma ou de outra, vai acabar fazendo parte da família. Então, ele não precisa passar o dia no colo, nem no sofá da sala, mas merece ser bem tratado. E, desde que você decidiu ter um, tem que saber que é pra vida toda.

Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.