Sardinha, tainha e enchova
Sardinha é sardinha, tainha é tainha e enchova é enchova. Mas quantas pessoas sabem a diferença entre elas? Aliás, quantas pessoas sabem que são três espécies de peixes de mar, que vivem nas águas brasileiras?
As tainhas têm papel importante na história do país. Eram dos principais alimentos dos índios, que, na época delas, nos meses de julho e agosto, se moviam atrás dos cardumes, em verdadeiras frotas de pirogas, as canoas de um pau só, com mais de dez índios por embarcação.
As sardinhas lembram poesia pura, feita, não escrita, por um homem tido como imbecil, sem graça e corno manso.
D. João VI, depois que chegou no Brasil, começou a estudar a terra e seus costumes. Rapidamente percebeu que o país era rico em vitaminas, mas não oferecia grande quantidade de proteínas para completar a alimentação dos pobres e dos escravos.
Para resolver o problema, o rei mandou vir de Portugal sardinhas, que foram soltas ao longo da costa para assim garantir proteínas em grande quantidade, numa alimentação equilibrada, completada pelas frutas e raízes da terra.
Enchova é bom de pescar e bom de comer. Uma enchova assada, bem feita, com farinha, batata, arroz e feijão auxiliaria o processo de paz no Oriente Médio.
E, se não fizer isso, com uma cerveja gelada ou um bom vinho branco, é capaz de garantir um depois do almoço mágico, embalado por uma soneca na companhia dos anjos.
Quando tubarão sai para nadar, lambari fica na toca. Mas se um é de água doce e outro de mar, como isso acontece? Pra quem não sabe, tubarão sobe rio e os que sobem mais gostam de comer gente.