D. Pedro I
Tem quem diga que D. Pedro I foi um homem medíocre, que gostava mais de correr atrás de mulheres do que de governar e era dominado por sua amante, a Marquesa de Santos.
Só pode ser fruto do mesmo complexo de inferioridade que afetou boa parte das ações de seu filho, D. Pedro II, que não se conformava em ser um monarca americano e não europeu.
D. Pedro I tem como principal mérito ter criado um país chamado Brasil. Até a proclamação da independência, essa ideia não fazia parte de nenhuma geopolítica, exceto dos planos de D. João VI, também bastante diminuído pela história, que concebeu o Brasil e preparou e armou seu filho para criar a nação.
O Brasil foi feito pelo Imperador e por José Bonifácio de Andrada e Silva, seu braço direito, escolhido por D. João VI para assessorar o filho ao longo da difícil missão.
Quem imagina que o Brasil caiu de maduro nos braços do Imperador deveria estudar um pouco mais nossa história. A independência e o território brasileiro são duas conquistas de D. Pedro I e José Bonifácio, que inclusive criaram uma armada, que foi colocada sob o comando do Almirante Cochrane, com a missão de sufocar qualquer movimento contrário aos interesses do Imperador. E o Almirante usou do seu poder e dos canhões da frota para garantir a independência e a unidade nacional.
Da mesma forma, as tropas portuguesas aquarteladas na Bahia não aceitaram o novo regime e lutaram durante bom tempo contra a independência até serem derrotadas e obrigadas a retornar para Portugal.
Como coração da obra, D. Pedro I deu ao Brasil a mais longeva de nossas constituições, que norteou o país por 65 anos sem maiores traumas.
Imagine o que D. Pedro I faria se fosse competente!